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EDITORIAL
EDITORIAL

Caros leitores,

Falar sobre pessoas em suas mais diversas vivências e individualidades é tratar sobre a diversidade e inclusão. Essas temáticas são alguns dos compromissos assumidos pelo mundo corporativo, incluindo o setor mineral, segundo a Agenda de Governança ambiental, social e corporativa (ESG) da mineração brasileira. Esse passo é fundamental para a evolução de projetos, ações e políticas que incentivem pessoas de diferentes etnias, raça, mulheres, LGBTQIA+, etc. nas empresas.

Em meio a esses compromissos, a igualdade de gênero vem ganhando cada vez mais espaço e importância na sociedade. Pautada nas metas do desenvolvimento sustentável de acordo com a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas sobre igualdade de gênero, as organizações vêm avançando em políticas e processos internos sobre diversidade, equidade e inclusão.

Alguns dados nos ajudam a entender melhor o cenário na mineração. De acordo com os Indicadores WIM Brasil 2022, em seu 2° Relatório de Progresso do nosso Plano de Ação para o Avanço e Inclusão das Mulheres na Indústria de Mineração Brasileira, das empresas respondentes da pesquisa, 86% dizem possuir políticas e processos internos que integram a pauta de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI), formalizados ou não (17% a mais do que em 2021).

Porém, mesmo com grandes avanços, é preciso reconhecer que as mulheres ainda enfrentam barreiras nas corporações. Por isso, é muito importante trocar conhecimento e trazer cada vez mais informação sobre o assunto. E essa é uma das missões do Simineral, enquanto legítimo representante do setor mineral paraense. A diversidade é um dos temas em destaque do Prêmio Simineral de Comunicação, junto com a inclusão, sendo uma grande oportunidade de coleta de dados para melhor informar a sociedade sobre projetos e iniciativas que o setor mineral vem desenvolvendo no Pará.

E é essa a principal temática da edição do Simineral ON desta edição.

Boa leitura!

Ana Carolina Alves
Vice-presidente do Simineral

Talk show
Talk show

Diversidade e inclusão em pauta

Para falar sobre “Diversidade e inclusão – muito além das redes sociais”, o Sindicato das Indústrias Minerais do Pará (Simineral) promoveu um bate-papo, em formato de talk show, no Espaço São José Liberto. O evento fez parte da programação do Prêmio Simineral de Comunicação que discutiu a produção de conteúdo sobre esses temas nas redes sociais e imprensa, debatendo, também, como as empresas do setor mineral estão incluindo essas pautas em suas comunicações.

Entre os convidados, a mesa redonda contou com a vice-presidente do Simineral, Ana Carolina Alves, a jornalista e professora universitária Rita Soares e o produtor de conteúdo Jonas Amador. Para mediar a roda de conversa, a jornalista e diretora da EKO, agência organizadora do Prêmio, Layse Santos, também compôs os nomes do talk show.

É possível conferir o encontro por meio de um vídeo especialmente preparado para quem não pôde participar presencialmente.

INVESTIMENTO
INVESTIMENTO

IBRAM reafirma compromisso com a democracia

O Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) anunciou a doação de R$ 1 milhão para a reparação do patrimônio público na capital federal. A decisão ocorreu após os ataques golpistas às sedes dos Três Poderes em Brasília, que ocorreu no dia 8 de janeiro.

Em nota da entidade divulgada para a imprensa nacional, o IBRAM afirmou que “trata-se de um gesto simbólico para reafirmar nosso compromisso com a democracia”. O Instituto informou que a doação foi feita pela entidade e mineradoras associadas à entidade.

Boletim Mineral

Balanço traz panorama econômico de 2022

O ranking de exportações das indústrias da mineração por estado revela que o Pará se manteve em posição de destaque em 2022. O faturamento do setor mineral paraense de exportação total no estado somou US$ 21,471 bilhões. A exportação total mineral do Pará aponta um valor de US$ 18,119 bilhões.

Os dados de exportação total mineral representam 84% das exportações totais do Pará em 2022. As informações são do Boletim Econômico Mineral com dados consolidados de 2022, divulgados em janeiro, pelo Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará (Simineral). O documento completo para consulta dos números está disponível no site do sindicato.

Acesse aqui: simineral.org.br
Compromisso

Hydro aumenta a representatividade feminina

Promover a inclusão de mulheres em suas operações de forma sustentável e crescente tem sido um dos principais compromissos da Hydro. A empresa tem a meta global de aumentar a representatividade deste público em suas equipes para 25% até 2025 e, no Brasil, está atuando em diferentes frentes para atingir este objetivo. Somente em 2022, 46% das vagas preenchidas pela companhia no Brasil foram com pessoas que se identificam com o gênero feminino.

Além da abertura de vagas afirmativas, da criação de um programa de trainee voltado especificamente para pessoas que se identificam com o gênero feminino e com os programas de Estágio e Jovem Aprendiz com, no mínimo, 50% de mulheres entre os selecionados, a empresa tem investido na capacitação da mão-de-obra feminina nas localidades próximas às suas operações. Todas estas ações fazem parte da estratégia de Diversidade, Inclusão e Pertencimento (DIP) da Hydro no Brasil.

Toda a área de Recrutamento & Seleção e líderes da companhia foram treinados para potencializar as oportunidades de contratação desse público e os cerca de 6.500 empregados no Brasil. “Não adianta trazer estas profissionais se elas não se sentirem acolhidas e valorizadas pela empresa. Por isso, o Programa de Diversidade, Inclusão e Pertencimento da Hydro tem como premissa básica o acompanhamento e o desenvolvimento das pessoas que se identificam com o gênero feminino. Sabemos que esta jornada está apenas no começo”, afirma Nelia Lapa, Vice-presidente de RH, Comunicação, Saúde e Segurança da Hydro no Brasil.

Ciência

Mulheres conquistam espaço e liderança na pesquisa

O Instituto Tecnológico Vale Desenvolvimento Sustentável (ITV-DS), mantido pela Vale em Belém (PA), conta com uma equipe de cerca de 10 pesquisadoras que lideram e atuam em diversas pesquisas voltadas para conservação da biodiversidade amazônica. Renata Tedeschi é Física de formação, mestre em Engenharia Ambiental e Recursos Hídricos pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e pós-doutora em meteorologia e estatística pela University of Exeter (Inglaterra). Ela lidera pesquisas em clima, a partir de estudos meteorológicos, com foco na previsão mensal de chuvas, principalmente na região de Carajás.

O caminho na pesquisa foi trilhado por sua paixão pela ciência, que começou cedo, ainda no ensino médio. E hoje ela é otimista sobre presença de mulheres atuando em ciência. “Ser pesquisadora não é fácil, mas a descoberta de uma resposta, ou o insight para uma nova pesquisa faz tudo valer a pena. Agora, ao pensar apenas na perspectiva da mulher, preciso dizer que sempre fui privilegiada, pois minhas orientadoras eram mulheres, e nos institutos que trabalhei nunca senti diferença. Mas é fato que a presença de homens brancos sempre foi maior. No entanto, acredito que, um dia, nem que seja na geração dos meus netos ou bisnetos, essas diferenças serão bem menores”, declarou.

Dos programas de computador e avaliação climática, voltamos o olhar para as abelhas sem ferrão, as abelhas nativas que vivem em sociedade e produzem mel da região da Carajás. Esses insetos fascinantes são objeto de estudo da bióloga e pesquisadora Juliana Galaschi, também do ITV. O interesse de Juliana pela ciência também começou cedo, desde criança, a partir da curiosidade de conhecer melhor a área da Biologia.

“Principalmente os pequenos animais (invertebrados): aranhas e insetos em geral. Durante a graduação tive a oportunidade de começar a trabalhar com meliponicultura (a criação racional de abelhas sem ferrão) e desde lá não parei”, explica. E Juliana compartilha do otimismo de Renata quanto à atuação de mulheres na ciência. “Fico muito feliz em poder participar e testemunhar cada vez mais o ingresso de mulheres na ciência. Mais feliz ainda em saber que é só o começo”, comemora.

A Vale segue verdadeiramente empenhada em promover a inclusão e valorizar a diversidade. Atualmente, as mulheres ocupam 22,6% dos cargos de alta liderança na companhia. Com a meta de dobrar a representatividade de mulheres em sua força de trabalho até 2025 (de 13% para 26%), a empresa conta com cerca de cinco mil empregadas a mais desde 2019. Hoje as mulheres representam 22,1% da força de trabalho.

PODCAST ON
PODCAST ON

Mulheres na Ciência

A presença feminina em cargos historicamente ocupados por homens é um passo importante quando falamos de igualdade de gênero nas organizações. Mesmo ainda enfrentando desafios para chegar em posições de liderança, as mulheres estão conquistando o seu espaço. No podcast do mês de fevereiro, vamos falar sobre inclusão de gênero na ciência. Trazemos uma entrevista com a pesquisadora Nathália Kahwage, que é doutorando do Programa de Comunicação, Cultura e Amazônia da Universidade Federal do Pará (UFPA), destacando a importância da produção científica e a representatividade feminina nesse processo, para contextualizar o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, celebrado no dia 11 de fevereiro.

Carreiras

Repórter
em ação

A reportagem jornalística exige uma série de técnicas e jogo de cintura para realizar uma produção e divulgação de um fato. Celebrado no dia 16 de fevereiro, o Dia do Repórter ressalta a importância do profissional para a sociedade.

A professora coordenadora dos cursos de Jornalismo e Publicidade da Estácio Arcângela Sena, o Pará, por ser múltiplo e diverso, proporciona várias possibilidades de olhares e investigações. “Hoje, com as novas tecnologias de informação e comunicação, as possibilidades de trabalhar reportagens para além dos tradicionais veículos ajuda à inserção no mercado, por outro lado, cresce o compromisso com a informação bem apurada, trabalhada e principalmente, comprometida com a verdade dos fatos”, afirmou.

O mercado de trabalho é mais amplo para os profissionais da comunicação, de acordo com a professora. “As oportunidades vão desde trabalhar em agências especializadas até dentro das empresas na área de comunicação integrada ou afins. Na área da mineração, é preciso entender o mercado e as questões ambientais envolvidas. Compreender os impactos sociais e econômicos e a influência nas comunidades”, concluiu.

Participação feminina

Equidade e inclusão aos colaboradores

A diversidade e a inclusão são alguns dos compromissos assumidos pelo setor mineral na Agenda ESG da Mineração do Brasil. Existe uma evolução na implementação de políticas inclusivas, como ações para o aumento da participação das mulheres nas organizações. A exemplo disso está a SINOBRAS, uma das empresas do Grupo Aço Cearense, que investe nesse propósito. O time de Atração e Seleção mobiliza e incentiva as lideranças a contratarem mulheres.

Atualmente, 12% das mulheres fazem parte do público operacional da empresa. Essas trabalhadoras assumem várias funções, desde atuação nas linhas produtivas, a cargos administrativos de apoio aos diversos processos, como suprimentos, logística e almoxarifado.

Jacqueane Martins é uma dessas mulheres. Começou em 2011 na SINOBRAS, como Analista Ambiental, e hoje é Gerente de Suprimentos de Redutor. “Minha trajetória na SINOBRAS é repleta de coragem e persistência. Coragem para assumir novos cargos de crescimento durante esses anos até chegar à gerência e persistência para não desistir mesmo diante de grandes obstáculos e diante dos novos aprendizados. A SINOBRAS é uma empresa de oportunidades para todos e o espaço da mulher é sempre muito respeitado e ofertado. O aumento do número de mulheres na empresa é uma conquista, e vejo que o caminho está aí para ser desbravado. Nunca sofri preconceito por ser mulher, sempre fui tratada por igual e exigida na mesma régua dos homens e entendo que a mulher deve e pode ocupar qualquer cargo, basta querer, se dedicar e ser persistente”, afirmou.

“É fundamental que o mercado veja as mulheres como peças fundamentais para a ascensão das organizações. Não significa que para trabalhar em um ambiente operacional o público tenha que ser a maioria masculina. Atualmente ainda é, mas essa realidade está mudando aos poucos e nós estamos ocupando cada vez mais espaços. O diálogo e a criação de uma cultura inclusiva nas empresas são fundamentais para se criar ambientes de respeito e oportunidades iguais para todos”, destaca Kellen Andrade, Coordenadora de Desenvolvimento Humano.

Os programas Jovem Engenheiro Florestal, realizado na SINOBRAS Florestal, que destina vagas para mulheres, e Mulheres na TI, do Grupo Aço Cearense, que incentiva a participação de mulheres nas respectivas áreas com o objetivo atrair, desenvolver e reter talentos, contribuindo com o desenvolvimento de novas lideranças e sustentabilidade do negócio.